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Violência contra a mulher é tema de evento no Campus Arcos
Debater a violência contra a mulher e o que fazer quando for vítima ou presenciar um caso. Esse foi o tema do evento "IFMG Debate", realizado em 23 de março, no Campus Arcos. O encontro, organizado pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napnee), contou com a presença do promotor de justiça Rafael Parisotto, com a Coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes ), Cristina del Papa e com integrantes da patrulha de prevenção à violência doméstica da Policia Militar. Todos trouxeram contribuições e esclarecimentos sobre como proceder em situações de violência contra a mulher.
Os convidados lembraram que a violência contra a mulher pode ocorrer das mais variadas formas, como física, sexual, psicológica ou moral, patrimonial e financeira, inclusive no ambiente virtual. Para o diretor do Campus, professor Charles Diniz, o evento atingiu seu objetivo. “O debate sobre a violência contra a mulher é necessário e importantíssimo. E o que foi tratado aqui foi muito esclarecedor, os alunos puderam interagir e tirar dúvidas. Pretendemos realizar novos encontros com outras temáticas para conscientizar ainda mais nossos alunos", finalizou.
NÚMEROS DA VIOLÊNCIA
Segundo a pesquisa “Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher — 2021”, realizada pelo Instituto Data Senado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, para 71% das entrevistadas, o Brasil é um país muito machista.
68% das brasileiras conhecem uma ou mais mulheres vítimas de violência doméstica.
Para 75% das entrevistadas, o medo leva a mulher a não denunciar o agressor.
Em outro estudo, com dados da Organização Mundial de Saúde e publicado no periódico científico The Lancet, em fevereiro, 27% das mulheres entre 15 a 49 anos, que já tiveram um relacionamento, sofreram violência física ou sexual de um parceiro durante a vida.