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Startups do Campus Ouro Preto destacam-se em evento mundial de geração de negócios
Um final de semana inteiro de imersão no mundo das startups: este foi o desafio aceito por um grupo de 23 alunos e professores dos cursos técnicos de Automação Industrial e de Administração e da licenciatura em Física do Campus Ouro Preto. Entre os dias 27 e 29 de setembro, eles participaram de uma verdadeira maratona de negócios na cidade de Mariana promovida pelo Startup Weekend, evento realizado em diversos países com o objetivo de testar e validar modelos de negócios de startups.
Ao todo, foram 54 horas de muito trabalho, desafios, mentorias e compartilhamento de ideias. O professor Sebastião Nepomuceno, do curso técnico em Administração, conta que após uma fase inicial de apresentação de ideias e seleção das melhores propostas, os participantes foram divididos em equipes compostas por pessoas de diferentes instituições e áreas do conhecimento. Na sequência, todos precisaram colocar em prática seu potencial para que, ao final do evento, no domingo, fosse apresentado o produto final a uma banca de jurados. “Em menos de três dias, precisávamos criar um protótipo, validá-lo e colocá-lo no mercado, gerando um mínimo produto viável. Aprendemos muito. É tudo muito rápido, trabalhamos sob pressão, entregando resultados em prazos curtos. Trata-se de um evento fantástico de educação empreendedora”, enfatiza. Ainda segundo o professor, o Campus foi convidado a participar da organização da próxima edição do evento.
Confira, a seguir, algumas ideias que receberam destaque no evento e veja como foi a experiência de alunos e professores na Startup Weekend:
“Quebra-galho”
“Quebra-galho” foi o empreendimento classificado em 1º lugar no evento, proposto por Lara Arantes Maciel de Souza, aluna do curso de Automação Industrial. Sua ideia era desenvolver um aplicativo por meio do qual fosse possível oferecer e contratar serviços na região. “O aplicativo faria a interface entre o prestador e o contratante. Inicialmente, tínhamos duas ´dores´ para solucionar: o alto índice de desemprego na região e a dificuldade para encontrar profissionais para prestação de serviços. Ao longo da pesquisa para validação, descobrimos que encontrar profissionais não era tão difícil quanto imaginávamos, mas sim, profissionais que prestem serviços com qualidade. A partir disso, criamos um recurso utilizando ´gameficação´, por meio do qual os usuários recebem uma classificação, o que permite manter o padrão de qualidade”, explica a estudante. “A experiência foi incrível. Apesar de cansativa, vale cada segundo. Acredito que a principal conquista do grupo foi o momento em que validamos tudo que havíamos pensado e percebemos que aquilo tinha realmente um propósito. Pretendemos levar o projeto adiante”, comemora.
“Rompendo Barreiras”
Outra proposta bem classificada partiu de mais uma participante do Campus Ouro Preto: a criação da Editora Por Quê, que produzirá conteúdo para deficientes, idealizada pela professora Sílvia Almeida, do curso de Automação. “Decidimos, como primeiro produto, implementar o ELOS - Rompendo Barreiras, que é um material didático composto por três recursos para alfabetização de crianças surdas e ouvintes em escolas bilíngues regulares. Desenvolvemos os recursos do protótipo para mostrar como funciona este material pensando no ensino das cores”, explica. “Um evento como o Startup Weekend provoca tanto em professores quanto em alunos muita quebra de paradigma. Nele podemos, de forma consistente, perceber a utilidade das aprendizagens adquiridas ao longo da vida. O evento também nos conduz a um exercício de entendimento de que temos capacidade de movimentar os espaços, gerando empregos, pesquisas, questionamentos, cidadania. Ou seja, ele amplia e empodera cada um de nós como agente transformador do meio em que nos colocamos”, ressalta a professora.
“Segunda Casa”
Érika Cecília e Carol Constantino, estudantes do curso técnico de Administração, participaram da idealização e construção da “Segunda Casa”, startup que tem como proposta promover pequenos artistas da região de Mariana e Ouro Preto, fazendo com seus trabalhos ganhem mais visibilidade. “Ao longo de todo o fim de semana batalhamos muito para desenvolver o projeto que criamos. Tivemos que encontrar maneiras para solucionar os problemas que foram surgindo. Assim, foi necessário fazer pesquisas para definir o caminho que iríamos seguir e saber lidar com a 'correria' para conseguir entregar tudo no prazo estabelecido. A proposta passada para os participantes fez com que todos ali crescessem, tanto no pessoal quanto no profissional. Fomos recompensados ao ver nosso projeto ganhar reconhecimento”, conta Érika Cecília.
Fonte: Campus Ouro Preto