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Nove intérpretes de Libras tomam posse no IFMG
A partir do dia 9 de fevereiro eles somam um total de 17 servidores técnicos administrativos no IFMG, com uma função bem determinada: efetuar a comunicação entre surdos e ouvintes, por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e interpretar as atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas no Instituto. Somados a outras duas docentes surdas, esses tradutores e intérpretes de Língua de sinais (Tils) marcam mais um passo rumo a um IFMG acessível a todos.
“Quando garantimos o direito a acessibilidade proporcionamos ao indivíduo condições de galgar novos patamares”, afirma Gilberth Santos, tradutor intérprete de Libras do Setor de Formulação de Políticas Inclusivas do IFMG. Ele explica que essas contratações se dão em cumprimento do decreto 5626/2005, o qual determina a presença do intérprete de Libras para garantir a acessibilidade em todas as instituições.
Para Gilberth o IFMG ainda atende a poucos alunos surdos, mas esse número deve aumentar devido à publicação da Lei 13.409/2016, que inclui pessoas com deficiência entre os beneficiários de reservas de vagas nos cursos técnicos de nível médio e superior das instituições federais de ensino. Além disso, ele esclarece, “a contratação de Tils abre portas para a discussão e difusão da Libras e logo os surdos virão para a instituição pois sabem que vão ser acolhidos com o devido respeito à sua língua materna”.
Acolhimento que será feito por profissionais como Beatriz Cardoso Diniz, uma dentre os nove tradutores recém-empossados e que já entrou em exercício no Campus Sabará. “O Instituto abriu as portas para a inclusão e por isso minhas expectativas são grandes. As leis apontam sobre os direitos de todo cidadão, porém, a inclusão só se efetiva quando a população aceita e convive com as diferenças e isso será possível no IFMG”, declara.
Ações
O Setor de Políticas Inclusivas do IFMG tem o trabalho contínuo de orientação e apoio aos Núcleos de Apoio à Pessoa com Necessidades Específicas (Napnees), que funcionam em cada um dos campi, atendendo dezenas de alunos com algum tipo de necessidade educacional específica. Além disso, o setor trabalha várias questões de acessibilidade, como vídeos acessíveis em Libras, cursos de capacitação para servidores e comunidade escolar, a divulgação dos editais de vestibular e exame de seleção na Língua Brasileira de Sinais, correção diferenciada das redações de candidatos surdos e atendimento especializado ao tipo de deficiência declarada no ato das inscrições.
Há ainda o auxílio no processo de atendimento especializado aos alunos que necessitam de recursos, no qual são empregados ledores, monitores, estagiários, dentre outros profissionais, dependendo da especificidade de cada estudante. Além de combater a evasão escolar essa ajuda possibilita a inclusão e o sucesso do aluno durante o curso.