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Especialização em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural tem primeira defesa realizada

Apresentação do TCC da aluna Layse Costa também foi a primeira realizada remotamente no Campus Ouro Preto. Trabalho abordou a pintura religiosa mineira no século XX.
publicado: 18/08/2020 10h46, última modificação: 16/03/2024 08h35

A pós-graduação Lato Sensu em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural do Campus Ouro Preto promoveu, no dia 10 de agosto, sua primeira defesa de Trabalho de Conclusão de Curso. A apresentação foi, também, a primeira realizada de forma remota pelo campus, via Google Meet, em obediência às recomendações de distanciamento social em virtude da pandemia da Covid-19.

“A pintura religiosa mineira no século XX: análise e contextualização de uma obra de Edson Motta” foi o tema do trabalho apresentado pela aluna Layse Souza Costa. “O objetivo da pesquisa consistiu em analisar a pintura religiosa mineira no século XX, com enfoque na tela pintada por Edson Motta para a Igreja Matriz de São José, em Três Ilhas, e também: “despertar a atenção para as pinturas sacras do período, insuficientemente estudadas; colaborar para evidenciar a importância da circulação de fontes iconográficas e a longevidade das gravuras e salientar o valor da obra, de modo a contribuir para a sua melhor preservação e da igreja em que está inserida", explica a aluna.

A primeira turma da pós-graduação, à qual pertence Layse, iniciou suas atividades em outubro de 2018, na modalidade presencial. A oferta partiu de iniciativa da Coordenadoria da Área de Restauro do Campus Ouro Preto, com o apoio de professores da UFOP, PUC-Minas e UEMG-BH. O curso tem como objetivo capacitar e qualificar profissionais, docentes e gestores urbanos para atuarem em iniciativas de conservação e restauro do patrimônio cultural edificado. Há oferta de duas linhas de pesquisa: “Gestão do Patrimônio Cultural” e “Tecnologia em Conservação e Restauro de Bens Imóveis”.

Para a coordenadora da especialização, Maria Cristina Simão, a experiência com a oferta tem sido muito válida. “As trocas de conhecimento entre todos, alunos e professores, foram e ainda são muito ricas, pelas experiências trazidas por cada um/a, e pelos estudos realizados ao longo do curso. Acredito que os/as profissionais formados/as continuarão em seus postos de trabalho com uma gama de conhecimentos consistente sobre o tema, além de uma postura crítica bastante apurada, resultado da estratégia pedagógica adotada e das leituras de mundo (especificamente dos nossos lugares e do patrimônio cultural) provocadas ao longo de todo o processo ensino-aprendizagem”, destaca.

Ainda segundo Maria Cristina, alguns alunos se submeteram a concursos para ingresso em mestrados, com aprovação, o que indica que egressos do campus darão continuidade à vida acadêmica. A coordenadora aponta, contudo, alguns desafios relacionados à abertura de novas turmas. “Temos enfrentado dificuldades em relação à recomposição do nosso corpo docente, muito pequeno, e que teve uma perda significativa por aposentadoria, não reposta, e teremos outras em curto espaço de tempo. Talvez essa questão inviabilize a continuidade do curso, o que é lamentável”, afirma.

O perfil dos alunos é bastante variado, com formações e experiências profissionais bem diversas. “Na linha de tecnologia, temos conservadores-restauradores, arquitetos e engenheiros civis; na linha de gestão, temos conservadores-restauradores, historiadores, museólogos, arquitetos, antropólogos, geógrafos, turismólogos, sendo que todos eles estão inseridos no mercado de trabalho”, conta a coordenadora.

Defesa remota

Com a suspensão do calendário letivo, foi necessária a aprovação do Conselho Acadêmico do campus para a realização de defesas de TCC on-line. “A partir desta aprovação, a equipe da supervisão de Pós-graduação discutiu com a coordenação do curso as alterações necessárias nas providências para efetivar as defesas nesse novo formato. Como é um processo novo para todos nós, isto demandou a reelaboração de documentos para orientar professores-orientadores, membros da banca e alunos, bem como a organização de procedimentos para o cadastro de membros da banca examinadora, de outras instituições, e da aluna, no SEI, onde todo o processo é registrado, para a assinatura eletrônica dos documentos referentes à defesa, conforme estabelece a Instrução Normativa nº 5 de 18 de junho de 2020 do IFMG”, explica a supervisora de pós-graduação, Geralda Pena. 

Layse Costa, que durante o período de aulas do curso se deslocava aos finais de semana de Juiz de Fora ou de Mar de Espanha até Ouro Preto, não imaginava que, na defesa de seu TCC, apresentaria a monografia estando em casa, em Mar de Espanha. “Embora eu preferisse ter defendido o trabalho presencialmente, (mas claro, se não estivéssemos em período de pandemia) essa alteração para a apresentação remota foi, para mim, de fácil adaptação. Além disso, pude contar com o auxílio da coordenação do curso, que dias antes da apresentação testou o uso da plataforma de webconferência do Google Meet comigo, esclareceu todas as minhas dúvidas e forneceu todo o suporte necessário durante a defesa”, conta.

Para a aluna, o formato virtual apresentou a vantagem de possibilitar que muitos colegas, de diferentes cidades, pudessem assistir, o que permitiu maior compartilhamento da pesquisa desenvolvida. “Por fim, não posso deixar de parabenizar e agradecer ao IFMG - Campus Ouro Preto por todo empenho em fazer com que a banca acontecesse da melhor forma possível e por ser essa instituição de ensino pública de excelente qualidade, onde muito aprendi e da qual muito me orgulho. Muito obrigada!”.

Maria Cristina avalia a experiência positivamente. “Entendo que todo processo ensino-aprendizagem realizado de forma presencial é mais rico. Entretanto, considero que a experiência tenha sido exitosa, permitindo que a aluna concluísse o seu curso e, ainda, que tivéssemos na banca professores que, talvez, presencialmente, não pudessem estar presentes. Além disso, tivemos um número expressivo de pessoas assistindo à defesa, o que também foi um ponto bastante positivo”, conclui.

Participaram da banca examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso “A pintura religiosa mineira no século XX: análise e contextualização de uma obra de Edson Motta”: Prof. Dr. Aziz José de Oliveira Pedrosa, orientador (UEMG/professor colaborador do IFMG - Campus Ouro Preto); Prof. Dr. Alex Fernandes Bohrer (IFMG - Campus Ouro Preto); Prof. Dr. Edson Motta Junior (UFRJ); Profa. Dra. Lia Motta (Iphan); prof. Dr. Alexandre Ferreira Mascarenhas, suplente (IFMG - Campus Ouro Preto).

Texto: Assessoria de Comunicação do IFMG - Campus Ouro Preto.