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Somos o que jogamos fora; e como jogamos...
Com este título instigante, professores e estudantes do campus GV chamaram a atenção dos estudantes sobre a temática da "coleta seletiva". Caracterizados de "lixo" e com instruções entregues na chegada dos estudantes ao campus e até o monitoramento da forma de descarte na área da cantina, a equipe procurou sensibilizá-los quanto ao que geram e como descartam os seus resíduos.
Segundo o professor responsável pelo projeto, Flávio Barony, há um decreto Federal (n.° 5940/2006) que determina a devida destinação dos resíduos gerados em cada órgão Federal. Todavia, mesmo com quase 20 anos da vigência da Lei de Educação Ambiental no país, na prática os números são catastróficos no que tange a coleta seletiva. Dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) apontam que cada brasileiro gera 1,01Kg de resíduo/DIA, mas apenas 12,0 Kg/ANO são destinados para a coleta seletiva (3,2%).
Em linhas gerais, basta a pessoa seguir as instruções das lixeiras, que apresenta separação binária (reciclado e rejeito). Os resíduos são colocados no Ponto de Entrega Voluntária (PEV) na entrada do campus. São elencados os resíduos a passíveis de coleta e os cuidados de limpeza e armazenamento para evitar o foco de mosquitos, por exemplo.
O projeto da coleta seletiva faz parte de uma série de ações desenvolvidas nos últimos anos no campus, que tem ainda a destinação dos resíduos orgânicos para compostagem com vistas ao cultivo de hortaliças e outros.
Conforme o professor, além do desafio cultural a ser superado, as limitações financeiras são outro dilema, mas contornadas com improviso e criatividade. Outro aspecto positivo é a inserção dos estudantes na condução de projetos de pesquisa, pontua o professor.
