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Programação diversificada e envolvimento da comunidade marcam VI SMA

publicado: 11/06/2018 18h00, última modificação: 12/06/2018 13h50

Centenas de pessoas, entre estudantes, servidores e membros da comunidade externa, participaram ativamente da VI Semana de Meio Ambiente do IFMG – Campus Governador Valadares, realizada nos dias 7 e 8 de junho. 

Com o tema “Desafios do Saneamento Urbano e Rural”, o evento teve diversas atividades. Seis palestras voltadas para a temática foram ministradas em parceria com instituições locais e regionais. Nove oficinas, dois minicursos, além de exposição de exsicatas (amostras de plantas prensadas e secas). 

Confira fotos do evento no Flickr do Campus

“A semana de meio ambiente foi muito boa. Participei do minicurso que abordou a água como recurso energético, ministrado pela profª Djolse [Dantas]. Gostei bastante, pois vi novidades, coisas que podemos utilizar em casa”, contou animado Nilson Neto, aluno do 2º ano do curso Técnico Integrado em Segurança do Trabalho (TST). 

Entre os parceiros da edição 2018 da Semana estão profissionais experientes da Fundação Renova, Instituto BioAtlântica (IBIO), Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN-CNEM), Centro Universitário de Caratinga (UNEC), Universidade Vale do Rio Doce (Univale), e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (CEFART) da Fundação Clóvis Salgado.  

INTERVENÇÃO: Achados, Perdidos, Produzidos e Consumidos 

*Por Profª Kênia Brant 

A  provocativa instalação deixa uma interrogação: E isto é Arte? Que tanto de lixo é esse dependurado nas árvores?  Que boias são essas sobre a lagoa? Foram questionamentos ouvidos em murmurinhos pelo campus do IFMG-GV diante da inusitada exposição dos trabalhos da oficina Lixo Extraordinário ocorrida na VI Semana de Meio Ambiente. 

Interrogação SMA

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A poética subversiva esta para além no contexto puramente visual. A ideia parte do efeito rizomático, comenta a professora de Artes Kênia Brant, “parte da proposta de reutilização e reciclagem para ocupar o espaço da arte urbana, da mímeses, pegando o mote do ‘navegar é preciso, viver é totalmente impreciso´”. 

Um dos objetivos da instalação foi causar o estranhamento à comunidade do campus, que mesmo sem saber a origem de tanto lixo, fez enxergar o espaço cotidiano, como por exemplo, o caminho deixado pelos rastros de passagem no canteiro central do campus. Neste trajeto foi instalada uma grande árvore com barquinhos, reutilizando provas e trabalhos antigos não retirados pelos estudantes e sobras de material de divulgação.

Quanto aos sacos de lixos dependurados nas árvores, são resíduos sólidos recolhidos das salas de aulas, das salas, da administração do campus e da cantina para indicar o quanto de lixo se produz em um dia no campus. 

Os materiais como por exemplos as pets que estavam alocadas no campus, serão de toda forma reutilizadas pelos estudantes em outras oficinas. A lagoa também foi sinalizada com uma corrente de pets amarrada de uma extremidade a outra, demonstrando o longo caminho dessa travessia. Parafraseando Guimaraes Rosa, seria que, o real não está na saída nem na chegada, está no MEIO [AMBIENTE], na travessia. 

A exposição discute a contradição entre arte e lixo, consumo e produção de resíduos, uso e reuso dos resíduos sólidos como problemas de saneamento básico. De forma antagônica a instalação pretende chamar a atenção dos usuários do campus na tentativa de fazer essa reativação visual, para que o público volte a enxergar a necessidade de usufruir com responsabilidade ambiental todos os espaços. 

Identidade visual retrata descaso com o meio ambiente

O desenho que ilustra a edição 2018 foi concebido pelo estudante Edson Vieira da Silva, do 4º período do curso de Tecnologia de Gestão Ambiental do campus

A inspiração, segundo ele, veio dos problemas ambientais que presencia cotidianamente. “Fiquei a imaginar as ruas da cidade, lembrei-me da orla do Rio Doce, das latas de lixos vazias e calçadas sujas, bueiros mal cheirosos, enfim, cenas que muito me incomodam. Creio que consegui denunciar a falta de responsabilidade dos usuários da via pública e a urgente necessidade de melhores políticas de saneamento par a nossa cidade”, comenta Edson.

Desenho VI SMA