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“Preconceito mata”, alerta urologista em palestra para servidores e terceirizados do Campus
Na data em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata [17 de novembro], professores, técnicos-administrativos e funcionários terceirizados do IFMG - Campus Governador Valadares puderam aprender mais sobre o assunto durante a palestra “Saúde Masculina: prevenção do câncer de próstata”.
Por meio de um bate-papo franco e com didática descomplicada, o urologista Emerson Ramos Lopes, também professor da Faculdade de Medicina da UFJF/GV, explicou sobre a função da próstata e as principais doenças que acometem o órgão. O destaque foi para o câncer de próstata, já que o sucesso do tratamento depende do estágio em que a doença é diagnosticada.
De acordo com o especialista, as estatísticas desse tipo de câncer não são nada generosas. Somente este ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 61.200 novos casos devem ser registrados. “Trata-se do segundo tipo de câncer mais frequente entre os homens brasileiros. A cada sete minutos uma pessoa é diagnosticada com a doença. Até o final da nossa palestra - que levará cerca de 1h20 - dois óbitos serão registrados no mundo em decorrência do câncer de próstata”.
Adotar uma alimentação saudável, praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são ações que ajudam a retardar o aparecimento da doença, explicou o urologista.
Afastar o preconceito
O exame do toque ainda é um tabu para muitos homens, mas é preciso superar essa questão. Para Dr. Emerson, a falta de informação e o preconceito fazem com que os homens não busquem periodicamente assistência médica. “Trata-se de uma patologia que muitas vezes é assintomática. Quando começam a aparecer os sinais, em 95% dos casos, a doença já está em fase adiantada. Não há métodos de prevenção eficazes, mas sim de diagnósticos precoces eficazes, o que eleva a chance de cura para 90%”.
A mensagem final de Dr. Emerson foi de que o amor à vida deve superar qualquer barreira. “Preconceito mata! Eu já vi e continuo vendo paciente com câncer de próstata morrer pelo preconceito de ir ao médico e fazer um simples exame. É preciso lembrar que essa postura coloca em risco não só a sua saúde, mas também a vida das pessoas que convivem com você: familiares, amigos”.