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Autores do IFMG: Conheça algumas das Obras Literárias escritas por Alunos e Servidores
Escrito pela aluna Camila Aparecida Dutra, o poema “Disfarçar” é parte de uma coletânea lançada pela Editora IFMG em 2023, intitulada “Escritas Escolares” e organizada pelos servidores Agnaldo Afonso de Sousa e Cristiane Soares Mendes de Jesus. A obra reúne os melhores poemas premiados/classificados em três edições (2014, 2018 e 2022) do Concurso de Literatura (poesia) do Campus Ribeirão das Neves. São em oportunidades como essa que os estudantes (e também os servidores) podem mostrar o talento para a escrita literária. Dentro ou fora da sala de aula, diversos alunos têm se aventurado pelo universo da literatura. Confira o poema:
Eu não quero disfarçar
meus sentimentos, jeito,
cor ou forma de pensar
Eu quero um lugar onde a
igualdade seja a única forma
de se comunicar e a aceitação
a palavra mais linda de se escutar
Quero poder dizer que não há perigo
na esquina e nem empecilho para
sermos o que somos e que as
diferenças sejam apenas uma palavra
Que nem a pele, sentimento,
forma de pensar carregue
prantos ou dor e que a consciência
seja mais uma forma de amor.
É o caso da estudante Daniela Tamara Silva Moreira, que cursa o Técnico Integrado em Eletrotécnica, no Campus Conselheiro Lafaiete, que já lançou três livros. Sua última obra, intitulada "As 7 chaves da felicidade", foi publicada neste ano pela Editora Garcia. Já as ex-alunas Rafaela Ribeiro e Alicia Silva, que se formaram em Pedagogia, publicaram “As aventuras em Ouro Branco, Minas Gerais”, livro originado do trabalho delas de conclusão de curso. A obra traz a aventura de duas crianças que, durante as férias na casa dos avós, percorreram os patrimônios do município onde o IFMG tem campus.
“Afagos do Tempo” é outra coletânea de poesias publicada pela Editora IFMG, mas essa de autoria do professor Jamil Domingos da Silva, que atua no Campus Bambuí. Já a docente do Campus Ouro Preto, Luciana Ferreira, é autora de “Quarenta”, livro que reúne crônicas escritas por ela durante a pandemia. Fabiano da Silva Nogueira, técnico-administrativo do Campus Congonhas, é outro servidor que já estreou no mundo literário com uma narrativa policial ficcional intitulada “Assassinato no Cruzeiro”. Recentemente, a professora de Português e Literatura, Laís Maria de Oliveira, publicou “Rascunhos de delírios e, portanto, das coisas mais sérias”, resultado de um concurso da editora Crivo Editorial.
Paulo Henrique Marques Lütkenhaus da Secretaria Acadêmica - IFMG - Campus Ribeirão das Neves conta a seguir, ele conta um pouco sobre o seu processo de criação:
Como é seu processo de escrita? De onde vêm as motivações e inspirações?
Para escrever, geralmente gosto de esperar por momentos que me inspirem, tais como dias chuvosos (porque eles têm, de certa forma, relação com o tema do meu livro), vestir uma roupa bem confortável e me concentrar. Chego a escrever por mais de 4 horas, tenho a sensação de que estou dentro das histórias, quando as estou redigindo, e espero que esta também seja a sensação que o leitor da minha obra possa experimentar durante seu instante literário.
No caso específico do livro que escrevi, minhas motivações e inspirações vieram diretamente de histórias/fatos sobrenaturais, alguns dos quais aconteceram com pessoas que não conheci, apenas ouvi as narrativas, enquanto outros se passaram com membros de minha família. Um deles, inclusive, comigo mesmo, por volta do fim da década de 90, quando eu ainda tinha cerca de 20 anos. Sempre fui muito curioso em relação aos causos fantasmagóricos das Minas Gerais e de outros locais do Brasil e do mundo.
Como foi definido o tema que escolheu para o livro?
Na verdade, o tema do meu livro veio da inspiração que relatei na pergunta anterior, eu queria muito poder compartilhar com as pessoas essas histórias arrepiantes que conheço e/ou, até mesmo, vivi. E essas histórias eu conheço desde quando era adolescente. Ademais, autores como Edgar Allan Poe, Howard Phillips Lovecraft e o grandioso Algernon Blackwood, sempre me inspiraram com suas obras sobre fantasmas, Cthulhu e o sobrenatural. Por isso, acabei desejando compartilhar o que eu conhecia de histórias da nossa terrinha, Minas Gerais, com os(as) leitores(as).
Quais suas expectativas para o lançamento?
Bem, eu apenas espero conseguir agradar as pessoas que folhearem minha obra. Gostaria que elas pudessem implementar, por assim dizer, uma viagem a outras épocas, pois tem casos que remontam ao século XVIII, entre outras épocas, tal como meados da década de XX em Belo Horizonte. Para poder deixar o livro mais interessante, realizei pesquisas sobre alguns aspectos antigos, tais como a história dos transportes coletivos de BH (como do bonde), a antiga companhia de saneamento da cidade, a origem e o apogeu do Cine Theatro Brasil (contextualizei até um filme que realmente passou nesse cinema, na década de 70, em um dos causos que relato no meu livro), bares tradicionais da capital das Alterosas, enfim, espero, realmente, que, além do(a) leitor(a) poder sentir "um arrepiozinho" com as tramas, possa despertar seu interesse por nossa história e cultura, de BH e de Minas Gerais.
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