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Vamos falar sobre o Etilismo!

publicado 13/02/2025 13h31, última modificação 13/02/2025 13h34

O Etilismo ou alcoolismo é uma doença enfrentada por muitas pessoas e que impacta a vida de milhares de famílias no Brasil. 20 de Fevereiro é o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo e se torna uma oportunidade de reforçar os riscos envolvidos no uso abusivo dessas substâncias.

Esta data tem o objetivo de conscientizar a população acerca da prevenção e das possibilidades de tratamento e intervenções que podem ser feitas ao dependente de álcool ou de outros tipos de drogas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo do álcool, representando 5,3% de todas as mortes.

O etilista — ou alcoólatra — é o indivíduo que possui essa relação de necessidade do álcool e falta de controle com a bebida. Consequentemente, consome grandes quantidades de bebidas alcoólicas em um curto espaço de tempo. O alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada. Além da já reconhecida predisposição genética para a dependência, outros fatores podem estar associados: ansiedade, angústia, insegurança, fácil acesso ao álcool e condições culturais

A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, havendo uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo. O álcool no organismo causa inflamações, que podem ser:

gastrite, quando ocorre no estômago;
hepatite alcoólica, no fígado;
pancreatite, no pâncreas;
neurite, nos nervos.

O álcool não provoca apenas distúrbios clínicos como a cirrose, por exemplo, mas também pode trazer diversas complicações sociais.

Apesar de ser aceito pela sociedade, o álcool oferece uma série de perigos tanto para quem o consome quanto para as pessoas que estão próximas. Grande parte dos acidentes de trânsito, comportamentos anti-sociais, violência doméstica, ruptura de relacionamentos, problemas no trabalho, como alterações na percepção, reação e reflexos, aumentando a chance de acidentes de trabalho, são provenientes do abuso de álcool.

Em termos gerais, o uso abusivo de álcool pode ocasionar não somente prejuízos pessoais e familiares, mas também prejuízos no ambiente profissional, como diminuição na produtividade, aumento de absenteísmo (falta ao trabalho), maior probabilidade de acidentes de trabalho, entre outros.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 20% a 25% dos acidentes de trabalho no mundo envolvem pessoas que estavam sob o efeito do álcool ou outras drogas.

Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o alcoolismo ainda é o principal motivo de pedidos de auxílio-doença por transtornos mentais e comportamentais por uso de substância psicoativa. Nos últimos quatro anos, de 2009 a 2013, o número de auxílio por esse motivo aumentou 19%, e passou de 12.055 para 14.420.

Dicas importantes

O primeiro passo é reconhecer a condição de etilista e procurar ajuda profissional. O tratamento envolve desintoxicação, uso de medicamentos, mudança de hábitos aconselhamento e terapia;
Remova as bebidas de casa para que, em momentos de crise, o alcoolista não recorra à bebida como válvula de escape aos próprios sentimentos ou para se livrar dos sintomas da abstinência;
O alcoolista deve evitar ambientes em que há fácil acesso ao álcool;
E possível identificar os gatilhos que motivam o consumo do álcool. Algumas pessoas bebem quando estão felizes, outras o fazem quando estão tristes, frustradas ou ansiosas. Um profissional adequado pode ajudar a reconhecer estes padrões e elaborar estratégias para contorná-las. Ainda, o próprio alcoólatra deve assumir o comando desse processo e descobrir como redirecionar seu foco para evitar as recaídas;
Grupos de ajuda mútua, como o Alcoólicos Anônimos (AA), são muito buscados por quem deseja a recuperação e são uma boa maneira de obter apoio;
A prática de atividade física pode reduzir o risco de mortalidade e diminuir os desequilíbrios causados pelo álcool, como alterações no sono, fraqueza muscular, irritabilidade e baixa autoestima. Além disso, a prática esportiva propicia mais interação e contato com outras pessoas, o que pode ajudar na prevenção contra recaídas;
Não hesite em pedir ajuda, o auxílio de amigos e pessoas da família é fundamental.