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Mestranda do ProfEPT publica dissertação sobre políticas de ações afirmativas no IFMG

Trabalho ressalta a importância das ações afirmativas no contexto da educação profissional e tecnológica
publicado: 16/07/2024 14h31, última modificação: 17/07/2024 14h32

Mariana Dias Gois, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) do Campus Ouro Branco, analisou as políticas de ações afirmativas implementadas no IFMG e suas contribuições para a promoção da equidade racial. O estudo considerou documentos institucionais, entrevistas, e uma revisão de literatura abrangente sobre o tema.

Intitulada "A Política de Ações Afirmativas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais: entre documentos e sujeitos, as possibilidades para a equidade racial na EPT”. A dissertação traz reflexões sobre os desafios e avanços das ações afirmativas no âmbito da educação pública federal. Além disso, como parte do projeto, foi desenvolvida uma cartilha sobre a política de ações afirmativas adotadas no IFMG.

Clique aqui | Cartilha Política de Ações Afirmativas do IFMG

A dissertação

O trabalho traz dados importantes como o do Censo da Educação Superior 2020, que mostram uma alta proporção de alunos negros em cursos como Pedagogia e Enfermagem, tradicionalmente menos prestigiados e remunerados, em contraste com áreas como Medicina, que apresentam menor número de estudantes negros.

Mariana trabalha como técnica em assuntos educacionais no campus Santa Luzia e sua atuação na instituição, especialmente nas comissões de heteroidentificação para ações afirmativas, a levou a refletir sobre sua própria identidade étnico-racial e a importância de políticas de inclusão.

A dissertação destaca a evolução das políticas de ações afirmativas no Brasil, desde a exclusão histórica de negros, indígenas e mulheres da educação e vida política, até a implementação de leis que buscam mitigar essas desigualdades. A análise inclui a Lei Nº 12.711/12 e suas atualizações , que estabelecem cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência nas universidades federais e institutos de ensino técnico, bem como a Lei Nº 12.990/14, que reserva vagas para negros em concursos públicos.

O estudo conclui que, apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados para garantir a equidade no acesso e permanência dos estudantes negros na educação. O papel das ações afirmativas é crucial para combater o racismo estrutural e promover a justiça social, destacando a necessidade de políticas públicas que acolham e valorizem a diversidade étnico-racial no Brasil.