Bate-papo entre a escritora Conceição Evaristo e estudantes marca 3º Café Literário

Quem era a mulher alta e transparente no milharal em Ponciá Vicêncio? Aquele personagem sensacional, o “Bondade”, realmente existiu? Foram perguntas como essas, entre dezenas de outras, que a escritora cotada para fazer parte da Academia Brasileira de Letras, Conceição Evaristo, respondeu a “meninos e meninas” (maneira como ela mesmo se referiu), durante o 3º Café Literário, evento promovido no Campus Sabará.

Não eram perguntas de grandes estudiosos da literatura, mas em sua maioria de estudantes que, durante as aulas, leram e estudaram obras conhecidas da autora entre elas Ponciá Vicêncio e Becos da Memória. Entre as perguntas, olhares atentos, muito bom-humor (mesmo sendo uma tarde de sábado) e diferentes interpretações, respondidas sempre de maneira simples, mas carregadas de conhecimento e ensinamentos.

Muitas dessas perguntas tinham relação com o que teria sido reflexo da verdade ou ficção nas obras. Afinal, negra, advinda de classe popular, mãe de uma filha especial e autora de livros que tratam de temas fortes como racismo e feminismo, Conceição muitas vezes é confundida com seus personagens, “já chegaram a me chamar de “Ponciá Evaristo”. Assim, “minhas obras não são autobiográficas, mas certamente refletem parte da minha história e de tudo aquilo que eu vi”, completou a autora.

Café Literário: 3ª edição

O Café Literário é um projeto de Extensão que envolve debates com autores e oficinas sobre as obras. Coordenado pelo prof. Ricardo Machado Rocha, o projeto já está em sua 3ª edição e, dessa vez, contou com as debatedoras Aline (professora de Literatura do Campus Betim) e Lorena (estudante de Letras na UFMG e estagiária no Campus Sabará).

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